Uma denúncia anônima feita à Polícia Militar de Itabira, na região Central do Estado, levou os militares a encontrarem na noite da última sexta-feira (16) seis cadáveres em uma faculdade desativada localizada no Alto dos Pinheiros, no bairro Campestre, na cidade. Segundo a PM, nenhum responsável pelo imóvel, que está abandonado e depredado, foi localizado.
Os corpos foram achados em um cômodo da antiga faculdade com uma plaqueta identificada como “Sala de Anatomia”. As portas e um das janelas do local estavam abertas fazendo com que, em outro cômodo, os PMs conseguissem visualizar prateleiras com recipientes de plásticos transparentes, onde haviam órgãos de humanos conservados em líquidos. Os militares afirmaram que, como o cheiro era muito forte, eles concluíram que o líquido tratava-se de formol.
A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros foram acionados. Ao chegarem no prédio, a porta do cômodo em que os órgãos humanos estavam armazenados foi arrombada. Ao entrar no espaço, a perícia encontrou, além dos órgãos humanos, mais seis cadáveres, sendo quatro homens e duas mulheres. Os corpos estavam nus e mergulhados em formol. Alguns deles, estavam parcialmente abertos, o que, inicialmente, fez com que a polícia concluísse que eles possivelmente eram usados para estudos.
Os recipientes, os corpos e aproximadamente seis litros de formol foram recolhidos por uma funerária da cidade e encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) de Itabira.
A polícia informou ainda que no prédio já funcionou um hotel, um alojamento e a faculdade, que teria encerrado as atividades em 2008, por motivos desconhecidos.
A Polícia Militar de Minas Gerais (PCMG) informa que “informações preliminares dão conta de que provavelmente tratam-se de cadáveres humanos que serviam como objeto de estudo para um antigo curso de enfermagem que funcionava no local”. As investigações sobre o caso estão a cargo da Delegacia de Policia Civil de Itabira, que aguarda o laudo pericial para confirmação da identidade dos corpos, sendo já apurado se tratar de quatro cadáveres do sexo masculino e dois do sexo feminino. A Polícia Civil declarou ainda que, somente após o laudo pericial que é possível saber por quantos tempo os corpos permaneceram no prédio.