Esta semana, quando completamos 11 meses de pandemia de Covid-19, o ICOM realizou a alta de número 1500. Desde março de 2020, o hospital atende exclusivamente pacientes com Covid-19. Entre as pacientes que tiveram alta, 67% são de Salvador e região metropolitana e 33% de outras cidades do estado, com destaque para Feira de Santana, Alagoinhas, Candeias e Santo Antônio de Jesus.
Entre os pacientes que foram curados e voltaram para casa, 519 foram crianças e 981 adultos. O ICOM tem uma infraestrutura de excelência no atendimento pediátrico, tanto na unidade de tratamento intensivo como nas enfermarias. O hospital participou de diversos estudos científicos na área, desde o início da pandemia, entre eles o primeiro estudo com pacientes pediátricos realizado no Brasil que envolveu 19 unidades de tratamento intensivo.
Resultados melhores
No início da pandemia, havia pouca informação e conhecimento sobre como tratar os pacientes com o SARS-Cov-2. Mas ao longo do tempo, os profissionais foram aprendendo com a prática e com a grande quantidade de pesquisas realizadas no mundo, desse modo foram desenvolvidos novos protocolos de tratamento.
Ainda não há um remédio que cure a Covid-19, mas o prognóstico de tratamento já melhorou muito. Há um indicador que define o prognóstico da evolução de cada paciente quando ele entra em uma UTI, o indicador de gravidade de pacientes críticos (SAPS 3). Quando iniciou a pandemia, os resultados obtidos no ICOM com os pacientes de Covid-19 eram piores do que o previsto, de acordo com esse índice para pacientes graves em unidades intensivas. Mas, com o tempo, esta realidade mudou. Hoje a equipe assistencial consegue que os pacientes tenham uma evolução mais positiva do que a previsão inicial.
Nova onda de crescimento de casos
Neste momento, em que vivemos um aumento do número de casos de Covid-19, a diretora geral do ICOM, a médica infectologista Ceuci Nunes, alerta para a necessidade de mantermos as medidas de prevenção, já tão conhecidas por todos: evitar aglomeração, manter as mãos higienizadas e usar máscara. “Estamos com duas cepas novas circulando na Bahia, a cepa de Manaus e a do Reino Unido, isto aumenta a infectividade e aumenta a letalidade, então precisamos nos cuidar, nós precisamos levar a mensagem de que a pandemia não acabou. A doença afeta também jovens. A média de idade de todos os pacientes atendidos no ICOM é de 44 anos, isto quer dizer que além de idosos a gente tem pessoas jovens se infectando e, infelizmente, morrendo”, diz Ceuci