Militares socorrem menina que teve vias aéreas obstruídas ao colocar chocolate no nariz: ‘Vi meus filhos nela’, diz sargento

Sargento Aleksandr Mendes Nogueira, Valentina e o cabo Thiago Teixeira — Foto: Polícia Militar/Divulgação

Policiais militares socorreram uma menina de dois anos e sete meses que ficou com as vias aéreas obstruídas após colocar um confeito de chocolate no nariz. O caso ocorreu em Janaúba (MG).

“Minha esposa trabalha com o irmão em uma lanchonete e levou nossa filha para ficar com ela. Quando percebeu que Valentina não estava conseguindo respirar, logo pensou em pedir socorro. Nesse dia, ela tinha deixado o celular com o pai, mas lembrou que tinha um na loja, só que ao tentar ligar viu que não tinha crédito. Por sorte, a lanchonete tem internet e ela conseguiu pedir socorro para o irmão”, fala Alisson Camargo.

Após conseguir falar com o irmão, Drielly Caroline Santos esperava que ele fosse chegar para ajudá-la. Mas a moto que Marcos Vinicius dos Santos usava apresentou problema durante o trajeto. Nesse momento, ele se deparou com o sargento Aleksandr Mendes Nogueira e com o cabo Thiago Teixeira.

“Nós trabalhamos em Nova Porteirinha, mas fomos a Janaúba para darmos um apoio. Quando estávamos retornando, avistamos uma moto parada e um homem que parecia desesperado. Ao chegarmos mais perto, ele pulou na frente da viatura e disse que a sobrinha estava engasgada”, lembra o sargento.

O tio de Valentina conseguiu repassar o endereço aos policiais e eles se deslocaram para a lanchonete imediatamente. Durante o percurso, pediram para que a Sala de Operações da PM solicitasse o apoio do Samu e do Corpo de Bombeiros.

“Quando nós chegamos, a mãe estava desesperada e a criança estava molinha, tentando respirar. Deitei a menina em um balcão e fiz manobras de sucção por cinco vezes, até que o chocolate desceu e ela começou a puxar o ar”, fala o sargento.

“Tenho três filhos e vi meus filhos nela. Sabemos que passamos um momento pandêmico e há os riscos de encostar mucosa com mucosa, mas naquele momento a gente só pensa em salvar”, completa Aleksandr Mendes Nogueira. 

Após Valentina voltar a respirar normalmente, ela foi levada pelos policiais ao hospital.

“Eu tenho uma admiração pela PM, já até prestei o concurso. Às vezes, quando a gente pensa nos policiais, pensa no combate e na repressão à criminalidade, mas eles são muito mais do que isso, se eles não tivessem agido, talvez a situação da minha filha poderia evoluir para algo muito pior, o sentimento que fica é de gratidão”, finaliza Alisson, o pai de Valentina.
Valentina com os pais e com os militares que a socorreram — Foto: Polícia Militar/Divulgação

Por Michelly Oda, G1 Grande Minas