Vistoria em unidade prisional na Região Metropolitana de Salvador apreende facas e celulares

Vistoria em unidade prisional na Região Metropolitana de Salvador apreende facas e celulares — Foto: Divulgação

Uma vistoria feita por policiais penais da Colônia Penal de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador, apreendeu diversos objetos cortantes, como facas, navalhas e facões, além de drogas, balanças de precisão, celulares com carregador e vários outros tipos de objetos ilícitos utilizados dentro da unidade prisional.

A revista ocorreu na última sexta-feira (25). Segundo os policiais penais, foram localizados 24 objetos cortantes, 30 celulares e drogas nas celas revistadas.

No entanto, de acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários da Bahia, Reivon Pimentel, já neste sábado (26), diversos objetos foram arremessados da área externa através do muro que dá acesso ao pátio. A ação foi registrada, mas segundo o sindicato, devido a falta de efetivo, não houve intervenção.

Vistoria em unidade prisional na Região Metropolitana de Salvador apreende facas e celulares — Foto: Divulgação

Segundo o sindicato, a unidade não tem um sistema de bloqueio de sinal de telefonia móvel, o que facilita a comunicação entre os detentos e as pessoas que estão fora da prisão.

“Nós do Sinsppeb estamos denunciando a fragilidade da segurança no entorno das unidades prisionais há mais de uma década, e é preciso que alguma providência seja adotada pelo governo do Estado para evitar a continuidade dessas ações”, criticou Reivon.

A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização da Bahia não comentou o caso.

Rebelião deixou cinco mortos em Salvador

Rebelião dentro da unidade prisional Lemos Brito, em Salvador, resultou em cinco mortes e outros 17 feridos. — Foto: Maiana Belo/G1 BA

No último domingo, uma rebelião dentro da unidade prisional Lemos Brito, em Salvador, resultou em cinco mortes e outros 17 feridos. No entanto, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) fez um levantamento que registrou 38 detentos feridos na rebelião.

O número contabilizado pelos órgãos é diferente porque o MP-BA considerou todo os feridos, de alta e baixa gravidade, enquanto a Seap só registrou os feridos graves. Com base nessas informações, o órgão instaurou um inquérito para investigar as causas que levaram o conflito na unidade prisional.

O MP-BA informou que já solicitou a ocorrência registrada pela penitenciária e também os dados atualizados e fechados quanto às mortes e feridos. Essas e outras informações serão consideradas no decorrer do procedimento de inquérito.

Quatro homens morreram ainda no local e o quinto morreu no Hospital Geral do Estado (HGE), para onde foi socorrido, ainda no domingo.

Durante a rebelião, houve também uma tentativa de fuga. Os detentos atacaram policiais penais, usando facas e facões. Alguns dos presos também tinham armas de fogo, mas os detalhes sobre esses equipamentos não foram divulgados.

A Penitenciária Lemos Brito abriga apenas presos homens, já condenados em regime fechado. Com base em dados divulgados pela Seap, contabilizados até o dia 17 de fevereiro, a unidade tem 1.116 internos – um número que excede a capacidade de 771 vagas.

Por g1 BA