Uma família de Minas Gerais está fazendo uma vaquinha para ajudar com os custos do traslado do corpo de Douglas Gonçalves encontrado morto em Portugal nesta segunda-feira (16).
Segundo a irmã, Daniela Gonçalves de Almeida, o corpo estava em uma área de mata, na estrada de uma região conhecida como Cabo da Roca. O pintor, de 36 anos, era natural de Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha.
“Ele estava há morando em Cascais há quatro anos e trabalhava como pintor, tinha esse sonho de ir para fora, de buscar uma vida melhor ”, fala a irmã.
Daniela conta que na última segunda (9) Douglas ligou para esposa, que também é brasileira, avisando que o trânsito estava congestionado e que iria demorar um pouco para chegar em casa.
“A mulher dele esperou e ele não chegou. Na manhã do dia seguinte, ela foi até o serviço dele, mas ele não estava lá. Depois disso, nós começamos a nos mobilizar em busca de notícias.”
A irmã diz que um comentário feito em uma postagem de rede social ajudou a encontrar o carro de Douglas.
“Uma pessoa escreveu, na página do Cascais 24 horas, que tinha visto o carro, mas que não tinha certeza da placa. A esposa do meu irmão foi ao local e encontrou o carro dele. Como estava muito frio e com nevoeiro, a polícia falou que voltaria no dia seguinte de manhã para fazer as buscas por ele, foi quando eles retornaram e acharam o corpo durante as buscas.”
Como o caso é recente e ainda está sendo investigado, a família não tem informações sobre o que provocou a morte de Douglas Gonçalves. O único contato dos parentes em Portugal é a companheira dele.
“Nós não acreditamos que ele possa ter feito algo contra a própria vida, achamos que foi vítima de algum crime. Faço um apelo para que as autoridades nos ajudem a trazer o corpo dele de volta para o Brasil, porque o custo é muito alto. Nós tínhamos divulgado a vaquinha para ir até Portugal e ajudar a descobrir onde ele estava, mas agora usaremos o dinheiro para trazer ele de volta.”
Por Michelly Oda, g1 Grande Minas