Brasil tem caso de sarampo ‘importado’ da Venezuela, mas continua livre da doença, diz Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde informa que o Brasil continua livre do sarampo e que o caso confirmado em Roraima foi importado da Venezuela.

Atualmente, a pasta investiga outros casos suspeitos da doença. Segundo a Secretária de Saúde de Roraima, um dos casos em investigação é de uma brasileira que mora em Boa Vista; o restante são de venezuelanos.

Em 2016, o país ganhou certificado de eliminação do sarampo pela Organização Pan-Americana de Saúde.

O Ministério da Saúde diz que, como não há transmissão dentro do território, “o país permanece livre da doença conforme o certificado emitido pela OPAS”.

Segundo a pasta, desde 2001 não há registros de transmissão autóctone (quando ela ocorre dentro do território). Entre 2013 e 2015, houve surtos de casos importados, sendo a maioria registrada nos estados de Pernambuco e no Ceará.

A pasta diz que há uma equipe especializada no estado, auxiliando no planejamento das atividades de investigação e imunização.

Também haverá um treinamento para profissionais do estado essa semana.

O Ministério da Saúde também irá enviar 80 mil doses extras da vacina tríplice viral, totalizando 84 mil doses repassadas em 2018.

Europa teve aumento de 400% em 2017

O controle e a vigilância de casos de sarampo no Brasil se faz necessária não só pela crise Venezuelana, mas pelo aumento de casos em outros continentes, como o europeu.

Na terça-feira (20), a Organização Mundial de Saúde divulgou aumento de 400% no número de casos em 2017.

O maior número de pessoas afetadas está na Romênia (5562), na Itália (5006) e na Ucrânia (4767).

Também ocorreram surtos na Grécia (967), Alemanha (927), Sérvia (702), Tajiquistão (649), França (520), Federação Russa (408), Bélgica (369), Reino Unido (282), Bulgária (167), Espanha (152), República Checa (146) e Suíça (105).

Segundo a OMS, esses países enfrentaram uma série de desafios nos últimos anos, como diminuição na cobertura vacinal de imunização de rotina, interrupção no fornecimento da vacina e problemas nos sistemas de vigilância.

Por G1