As queimadas no bioma Amazônia aumentaram 196% em agosto de 2019, chegando a 30.901 focos ativos, contra 10.421 no mesmo mês ano passado, de acordo com dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), gerados com base em imagens de satélite. É o maior número observado para o mês desde 2010.
Se considerarmos todo o território do país, as queimadas também tiveram alta: foram 51.936 focos em agosto, aumento de 128% em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando foram identificados 22.774 focos. Estes são os maiores números registrados para agosto desde 2010, ainda de acordo com dados do Inpe.
Entre janeiro e agosto foram 90.501 focos em todo o país, contra 52.926 no mesmo período do ano passado – um crescimento de 71%. Trata-se do maior índice em nove anos. O recorde nacional para os oito primeiros meses do ano é de 2005, quando foram registrados 149.124 focos de queimadas no período.
Queimadas no bioma Amazônia
Segundo o Inpe, a média histórica para agosto é de 25.853 focos ativos de queimadas no bioma Amazônia. Em agosto de 2019, o índice ficou 19% acima da média dos últimos 21 anos. O número não passava de 22 mil desde 2010.
A média do mês foi ultrapassada no domingo (25) — com dados contabilizados até sábado (24) — quando o site do Inpe somava 25.934 focos de incêndio no bioma.
De janeiro a agosto deste ano foram verificadas 46.825 queimadas na Amazônia pelo Inpe. No mesmo período de 2018, foram 22.165 focos ativos na região — um aumento de 111%.