A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que a epidemia de Covid-19, infecção provocada pelo novo coronavírus, foi controlada no mundo.
Na terça-feira (13), o diretor-executivo do programa de emergências de saúde da OMS, Mike Ryan, disse em uma entrevista coletiva que não há “aumentos dramáticos de transmissão fora da China”, além dos casos da embarcação Diamond Princess.
Confira a situação às 9h desta sexta (14):
- 1.381 mortos na China (incluindo um no território semiautônomo de Hong Kong)
- 2 mortes fora da China (uma nas Filipinas, e outra no Japão)
- 63.932 casos confirmados na China
- 505 casos confirmados em outros 24 países
- China revê dados da epidemia de Covid-19 e reduz número de mortos
Nos últimos dias a China relatou um aumento de quase 14 mil casos confirmados de infecção por coronavírus após uma mudança na metodologia de diagnóstico na província de Hubei. Apenas no epicentro da doença, exames laboratoriais poderão ser substituídos por avaliações clínicas.
Ryan disse que a maior parte dos casos revistos na China não são recentes e aguardavam uma confirmação desde o início do surto. Ele também ressaltou que, no final de semana, especialistas da OMS desembarcam em Pequim para contribuir com o combate à epidemia.
“Em termos da missão internacional, agora a equipe avançada e suas contrapartes chinesas finalizaram a abrangência do trabalho e o projeto da missão”, disse.
Revisão de dados
Nos últimos dois dias, a China fez duas mudanças na contagem dos casos suspeitos e de mortes registrados no país.
Nesta sexta-feira (14), as autoridades de Saúde da China revisaram o número total de mortos. Antes, havia mudado a metodologia dos casos suspeitos, o que elevou a contagem.
Em relação ao número de mortos, a China disse que identificou “estatísticas duplicadas” na província de Hubei, onde está a cidade de Wuhan, considerada epicentro da epidemia. O governo de Pequim não revelou mais detalhes sobre o erro.Segundo a Comissão Nacional de Saúde , o número atual de mortes é 1.380, e não 1.483 como divulgado anteriormente.
Já sobre os casos suspeitos, a China anunciou na quinta-feira (13) que passou a usar a análise dos médicos em consultório, com apoio de exames de imagem (como radiografia e tomografia), para identificar quais sintomas respiratórios se enquadrariam em Covid-19. Antes, era necessário esperar o resultado de um exame de RNA (ácido ribonucleico) para comprovar a infecção pelo novo coronavírus.
As mudanças ocorrem em meio à decisão do governo chinês de trocar autoridades devido a falhas na resposta ao surto e também em meio à falta de kits de detecção do Covid-19.
Por G1