Imagine precisar de medicação para sobreviver e não ter esse direito plenamente assistido. Essa é a situação vivida pela baiana Karolline Hadeydi, de 35 anos, natural da cidade de Feira de Santana. Com diagnóstico de mieloma múltiplo – um tipo raro de câncer que atinge principalmente a medula óssea –, ela conta que está há mais de um mês sem receber os remédios do governo do estado.
Karolline descobriu o câncer em outubro de 2017 e, desde então, luta para estabilizar a doença. Durante boa parte do tratamento no Hospital das Clínicas de Salvador, a cerca de 100 km de Feira de Santana, ela faz a quimioterapia venosa, recebeu as medicações mensalmente e passou por transplantes.
“Cheguei a fazer transplante de medula óssea, mas esse tipo de câncer não tem cura, só tem tratamento, que é muito caro. Eu preciso muito da medicação para sobreviver, muito. Quando eu descobri a doença, eu tive anemia, fraqueza, fadiga. O meu medo é o câncer progredir para os ossos e os rins, porque é assim que ele evolui”, explicou Karolline.
“Estou em desespero. Venho lutando contra essa doença, mas para que ela não progrida eu preciso do medicamento. Eu tenho relatório em mãos, que prova que a falta da medicação me faz mal”.