Uma fazenda que segundo a polícia pertence ao ex-ministro do governo Temer Geddel Vieira Lima e ao irmão dele, o deputado federal Lúcio Vieira Lima, foi invadida na madrugada deste sábado (23), no município de Potiraguá, sul da Bahia.
De acordo com o delegado Antônio Roberto Gomes da Silva Júnior, coordenador da Polícia Civil em Itapetinga, município onde o caso foi registrado, cerca de 25 homens que dizem ser índios, armados com espingardas e outras armas longas, invadiram a Fazenda Esmeralda por volta das 2h da manhã.
“Eles fizeram os funcionários reféns durante toda a madrugada e, no ínicio da manhã, libertou todo mundo”, afirmou o coordenador, acrescentando que ninguém ficou ferido na ação.
Ainda segundo Antônio Roberto Júnior, outras pessoas que seriam do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem terra (MST) e do Movimento de Luta Pela Terra (MLT) trambém invadiram a fazenda. O delegado destaca, entretanto, que os integrantes que seriam dos movimentos sociais não estão armados.
O coordenador de Itapetinga informou que um inquérito foi instaurado para apurar o caso, e que se for comprovado que os invasores são realmente índios, o caso passará para a Polícia Federal.
A reportagem entrou em contato com a defasa de Geddel, que ficou de averiguar o caso. O G1 tenmtou falar com o deputado Lúcio Vieira Lima, mas não conseguiu contato.
Geddel
Na última quarta-feira (20), o gabinete do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Rogério Schietti Cruz retirou a prioridade de tramitação que havia sido atribuída a um recurso do ex-ministro Geddel Vieira Lima, preso em Brasília.
O recurso diz respeito à prisão domiciliar de Geddel, decretada em julho. Geddel foi preso pela primeira vez por suspeita de obstruir investigações ao supostamente tentar impedir as delações do ex-deputado Eduardo Cunha e do doleiro Lúcio Funaro. Dias depois, foi colocado em prisão domiciliar por decisão do desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
A defesa do ex-ministro levou o caso ao STJ. Ao chegar lá, o processo foi cadastrado como de tramitação prioritária, um benefício previsto em lei para quem é portador de doença grave ou tem mais de 60 anos. Geddel tem 58 anos. Após a descoberta pela Polícia Federal de R$ 51 milhões em dinheiro vivo em um apartamento em Salvador – dinheiro atribuído ao ex-ministro –, ele teve de deixar a prisão domiciliar e foi levado para o presídio da Papuda, em Brasília.
G1 BA