Porteirinha: criminosos invadem cemitério, roubam caixão com corpo e ateiam fogo

Criminosos colocaram fogo no corpo de um jovem que estava dentro um caixão na capela do cemitério de Porteirinha, no Norte de Minas. Segundo a Polícia Militar, o corpo de Alexsandro Pederneira, de 18 anos, foi encontrado em estado de decomposição nessa quarta-feira (6) e foi deixado na capela para ser encaminhado ao Instituto Médico Legal de Janaúba na manhã desta quinta.

Ainda de acordo com a PM, o perito da cidade orientou que o agente funerário deixasse o corpo no local. Quando ele chegava ao cemitério, três criminosos se aproximaram e perguntaram de quem era o corpo. O agente informou o nome da vítima, mas disse também que a polícia iria ao local.

Momentos depois, o coveiro responsável pelo cemitério percebeu que o caixão não estava na capela e viu as chamas nos fundos.

“ Após retornar para a funerária, recebi uma ligação do coveiro perguntando onde eu havia deixado o corpo, pois não estava na capela. Acredito que a vítima foi retirada por cerca de quatro pessoas; duas apenas não conseguiriam. Provavelmente, eles usaram gasolina para colocar fogo no caixão”, explicou o agente funerário, Márcio Borges.

Alexsandro estava desaparecido desde a última sexta-feira (1º). No dia seguinte, a polícia encontrou o corpo do adolescente Dalton Pederneira dos Santos, de 13 anos, com algumas perfurações. Eles foram vistos juntos com um grupo de jovens seguindo em direção à Igreja Santos Reis, no Bairro Cidade Alta.

Os corpos dos dois rapazes estavam no Morro do Guará, próximo ao Bairro Cidade Alta. As causas da morte de Alexsandro Pederneira não foi identificada devido ao estado de decomposição. A PM afirmou que as duas vítimas são suspeitas de envolvimento com o tráfico de drogas na região. O corpo carbonizado foi encaminhado ao Instituto Médico Legal.

A Polícia Civil informou que um inquérito foi instaurado para investigar o assassinato do adolescente. Outro procedimento também deve ser aberto, mas o caso ainda não foi encaminhado à delegacia responsável.

Por Valdivan Veloso, G1 Grande Minas